quinta-feira, 10 de setembro de 2009

conversas de travesseiro

depois que começam a terminar aquilo que sabiam fazer bem, naquele intervalo onde quase-tudo-nada-preenche, chegam os questionamentos no silêncio do cobertor.

- tá pensando em quê?
- em nada.

qualquer pessoa saberia que nada não era. ele, apenas, não queria dividir.

ela deveria ter aprendido, e no lugar de inventar rápido uma resposta quando ele a fizesse a mesma pergunta, simplesmente soltasse, natural como sempre:

- que, neste exato momento, você podia virar um baseado.

Um comentário:

Filipe Bezerra disse...

♫ Só eu, só você, Sodré. ♫